Tuesday, November 22, 2016

 
Tenho uma filha de três anos linda. Pedi muito a Deus para conhecer o amor verdadeiro e Ele foi muito generoso comigo, muito mesmo. Sou grata a Ele por isso, por ela.
Mudaram minhas perspectivas, buscava ir além, hoje procuro ir adiante pra não parar. Há pouco mais de um ano - muito mais que um ano, aliás - só me apoio no sobrenatural. Nem sei mais o que me espera no dia de amanhã, a cada passo que dou tiram-me um sopro, mas a cada sopro que me tiram, entrego cicatrizes para Meu Médico Maior, é só o que me resta.
Tento não tremer, tento não cair, tento não sofrer, tento não ficar perto das pessoas para não parecer melancólica demais, triste demais, frágil demais, repetida demais, está difícil.
Se a água dos oceanos fossem salgadas por causa do acúmulo de lágrimas que caem do meu olho, elas só seriam um pouco menos imprevisíveis. Se e calo, é porque existe um oceano de coisas que não quero contar.
Se não consigo escrever mais, é porque as palavras não me fluem mais como as águas que obedecem as leis da física. As palavras em minha mente não são exatas, são, sim, um emaranhado de tudo e nada, com pouco ou nenhum significado.
Mas como vamos perdendo o gosto pelos prazeres que nos dão fôlego para seguir adiante?


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