Caminhando contra o tempo...

Tenho uma filha de três anos linda. Pedi muito a Deus para conhecer o amor verdadeiro e Ele foi muito generoso comigo, muito mesmo. Sou grata a Ele por isso, por ela.
Mudaram minhas perspectivas, buscava ir além, hoje procuro ir adiante pra não parar. Há pouco mais de um ano - muito mais que um ano, aliás - só me apoio no sobrenatural. Nem sei mais o que me espera no dia de amanhã, a cada passo que dou tiram-me um sopro, mas a cada sopro que me tiram, entrego cicatrizes para Meu Médico Maior, é só o que me resta.
Tento não tremer, tento não cair, tento não sofrer, tento não ficar perto das pessoas para não parecer melancólica demais, triste demais, frágil demais, repetida demais, está difícil.
Se a água dos oceanos fossem salgadas por causa do acúmulo de lágrimas que caem do meu olho, elas só seriam um pouco menos imprevisíveis. Se e calo, é porque existe um oceano de coisas que não quero contar.
Se não consigo escrever mais, é porque as palavras não me fluem mais como as águas que obedecem as leis da física. As palavras em minha mente não são exatas, são, sim, um emaranhado de tudo e nada, com pouco ou nenhum significado.
Mas como vamos perdendo o gosto pelos prazeres que nos dão fôlego para seguir adiante?

A mulher quando vai chegando nos trinta, começa a pensar em tudo o que já fez. Dia desses, ouvi que em nossa geração quando os anos vão se passando (no sentido de que já se passou bastante tempo), a sensação é de que ainda estamos na flor da idade, no esculpir da beleza. Talvez seja isso, porque por mais que tenham se passado alguns dias, meses e até anos, a maioria de nós ainda está escalando a montanha (Miley Cyrus - adoro ela!!!) para chegar no topo e, ainda que não tenhamos a noção do que seja estar lá em cima, a caminhada, empreitada, já valeu a pena.
Gosto de pensar que tem muito mais coisas que ainda estão por vir do que um suposto fim, a verdade é que a vida humana é curta e que certas estão as tartarugas que vão devagar e sempre. Veja, nós, na puberdade ansiamos tudo e nem sabemos o que é, quer-se experimentar, conhecer, sair, é uma loucura de tanto hormônio e tanta confusão. Imagino que as tartarugas não sejam assim; se considerarmos que as tartarugas vivem o dobro que os seres humanos que vivem até os 100 anos (o que é a minoria), aos trinta, as tartarugas estariam na adolescência, ou seja, podemos estar acelerando nossas expectativas e tudo aquilo que já fazemos!!!
Ah, mas estou comparando nossa vida a de uma tartaruga? Isso é, de longe, esquisito, ou não, ou pode ser estranho. Mas particularmente, acho as tartarugas "fofas", lindinhas, deve ser por causa do conto da lebre, mas também acho os coelhos fofos e lindinhos, mas eles vivem menos que as tartarugas e no final das contas, deve ser isso mesmo, alguns vivem mais, outros menos, uns correm e outros caminham, uns param e outros continuam.
Continuar...
Isso suponho seja uma tarefa complicada, começar é difícil e terminar é fácil (terminar é fácil?), sim, porque as vezes nem se começa, se se começa complica-se no caminho e acabar o que está complicado basta querer. Ocorre que, muitas vezes, optamos por encerrar o que já foi difícil desde o começo e não entendemos que essa é parte da jornada, por acharmos que o tempo findou e o momento para se alcançar o que se almejou, passou-se, o que não é verdade, a exemplo das tartarugas, não estamos nem na metade do caminho.
Estamos, por assim dizer, começando em várias coisas. As coisas que ainda não vieram por conta da própria fase por que não era o momento de vir. E a maior conquista que se pode obter a partir de um momento na vida é acreditar. Mas dessa, a gente fala em outra hora porque acredito que se deva estar conectado com o momento e com aquilo que se diz.

Nem sei por onde começo. A princípio, a última vez que escrevi um texto foi na edição de 2011 do Exame Nacional do Ensino Médio. Nossa, isso porque fiquei uns anos sem colocar uma palavra em linhas. Difícil essa situação, para se ter uma ideia, quer dizer, que ideia? será que as coisas se esvairam da minha cabeça como se esgotam as águas de um córrego assoreado.
Mas antes de iniciar qualquer coisa, de escrever qualquer devaneio, conto a respeito do meu recente desafio, pular Jump, essas camas elasticas que inventaram para pularmos. Tudo bem, faz tempo que inventaram esse negócio. O fato é que eu nunca fui de frequentar academias e já li algumas reportagens sobre a eficiencia desses aparelhos em perder calorias, cerca de 400 por hora, impressionante. Fiz então uma pequena cotação acerca do preço desse objeto que em pouco tempo se tornou desejo imprescindivel. Verdade. Queria mesmo era perder esses quilinhos a mais que os anos me concederam depois de muito esforço em apreciar pratos calóricos e irresistiveis. Ótimo.
Pesquisei alguns preços, encontrei a melhor opção custo benefício e realizei a compra. Aproveitei para escolher uns dvd´s, afinal, como eu iria ficar pulando sem saber como?

ONU revela falha de cumprimento dos pa�ses em plano para conserva��o da biodiversidade
Vamos preservar...

Deixa que eu deixo: terceirizando a responsabilidade

Leia este texto e tente ser diferente....